A Vigor Turé ainda não resolveu o problema com a compra do terreno, e tem somente uma licença provisória da prefeitura

O Consórcio Vigor Turé ainda está construindo a estrutura onde funcionará o Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro) com base em uma licença provisória emitida pela prefeitura de Porto Velho. Isso porque até agora o consórcio não tem a posse definitiva do terreno, aparentemente devido a problemas com o antigo proprietário.

A imprensa denuncia há algum tempo a situação do Consórcio Vigor Turé, alertando para os antecedentes de quem tem o contrato, no caso o político e empresário mineiro Ruy Muniz. Mesmo assim o governo do estado insiste em manter esse contrato, enquanto a construção prossegue em ritmo lento.

Na Secretaria de Estado da Saúde não parece haver vontade de resolver a questão do Heuro. Enquanto as obras estão muito devagar, o secretário Jefferson Ribeiro da Rocha resolve passar nove dias em Londres, Inglaterra, acompanhado pelo secretário-adjunto, Adriano Flores Messias da Silva, e por mais dois assessores.

Os quatro receberam diárias internacionais, no valor de R$ 35 mil para cada um. É claro que o governo do estado também pagou as passagens aéreas, enquanto pacientes estão amontoados no Pronto Socorro João Paulo II, já que o Heuro não fica pronto.

Denúncias

A imprensa denuncia há meses a demora na construção do Heuro, principalmente depois de ter sido revelado o homem que está realmente com o contrato do Consórcio Vigor Turé. Trata-se do empresário e político mineiro Ruy Muniz. Ele já foi prefeito de Montes Claros e deputado federal por Minas Gerais.

Você pode acessar o que a enciclopédia gratuita da Internet, a Wikipedia, diz sobre Ruy Muniz:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Muniz

De acordo com a Wikipedia, Ruy Muniz foi candidato a deputado estadual pelo PT, em 1987. Depois disso “roubou o Banco do Brasil, junto com seu então comparsa, funcionário do banco, Setembrino Lopes. Arquitetaram um golpe que resultou no desfalque de um milhão, em valores de 2008”.

Aparentemente, depois disso Ruy Muniz alçou voos maiores. Em 2008 foi investigado pela Polícia Federal, acusado de desviar 100 milhões de reais, através de um suposto esquema dirigido por ele e por parentes dele, com especialização e desviar recursos públicos, fraudar licitações e cometer crimes eleitorais.

É este o homem que a Secretaria de Estado da Saúde está mantendo à frente da construção do Heuro. De acordo com a Wikipedia, a organização dele também estaria envolvida em fraude com negócios relacionais a hospitais. Isso enquanto o secretário, o adjunto e dois assessores recebem diárias de R$ 35 mil cada um, para ir a Londres.