O estado ajuizou 20 ações milionárias contra quatro frigoríficos: Irmãos Gonçalves, JBS, Distriboi e Tangará

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) encaminhou ofício ao vice-governador Sérgio Gonçalves solicitando que o estado oriente os produtores rurais sobre as áreas sanitárias e ambientais, em vez de simplesmente agir de forma punitiva.

A Faperon se manifestou porque o estado ajuizou 20 ações civis públicas de valores milionários contra frigoríficos. São nove contra o Irmãos Gonçalves, seis contra a JBS, quatro contra o Distriboi e uma contra o Tangará.

Como se fosse pouco, figuram no polo passivo produtores de Porto Velho, Buritis e Guajará-Mirim. As ações judiciais foram impetradas por um grupo de procuradores do estado, sem a anuência do governador Marcos Rocha.

O juiz de Direito que julga o caso decidiu que a anuência do governador é necessária. A Faperon alertou que o governo precisa salvaguardar o agronegócio e preservar a economia, sob pena de danos irreparáveis à arrecadação.

A Faperon esclareceu, ainda, que a questão da rastreabilidade bovina no cenário nacional ainda está sendo discutida, para que seja criado um protocolo. Mesmo assim o estado se adiantou e ajuizou ações contra empresas que contribuem substancialmente com a arrecadação de impostos.

No documento, o presidente da Faperon, Hélio Dias de Souza, pede providências para que o produtor possa trabalhar da melhor forma, sem sanções que engessem a produção e a agroindustrialização da carne bovina.